Ainda nesta sexta-feira, 1º, a ala do União Brasil, formada por ex-dirigentes do Democratas, deve apresentar um requerimento para impugnar a filiação do ex-juiz Sergio Moro à legenda.

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A informação é do secretário-geral do União Brasil e pré-candidato ao governo da Bahia, ACM Neto. 

Segundo Neto, a impugnação foi assinada por oito dos 17 componentes da executiva com direito a voto.

Porém, a filiação de Moro é patrocinada pelo outro lado do União Brasil, formado por políticos, ex-PSL, e liderado pelo deputado federal, Luciano Bivar (PE), que controla só 51% dos votos..

Se impugnada 

Neto explica que, uma vez impugnada, a filiação de Moro só poderia ser restaurada com o apoio de 60% da executiva do partido. 

Entre os nomes que já assinaram o documento estão:  ACM Neto, Efraim Filho, Agripino Maia, Ronaldo Caiado, Professora Dorinha, Mendonça Filho, Davi Alcolumbre e Bruno Reis.

Contra a candidatura 

Em nota, o deputado federal e secretário-executivo do União Brasil, Alexandre Leite (SP),  disse que o partido deve impugnar a filiação de Moro caso ele insista em um “projeto nacional”.

“O União Brasil São Paulo reafirma que a filiação do ex-juiz Sérgio Moro se deu com a concordância de um projeto pelo estado de São Paulo, isto é, deputado estadual, deputado federal ou, eventualmente, senado”, diz o comunicado.

Candidatura em risco

A possível desfiliação do União Brasil  coloca em risco a própria possibilidade de que Sergio Moro se candidate nas eleições de outubro.

Uma vez que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) prevê que só poderão se candidatar neste ano os cidadãos que estiverem filiados até as 23h59 deste sábado, 2.

Com isso, se Moro for expulso do União Brasil e não conseguir se filiar a novo partido dentro desse prazo, pode ficar impedido pela legislação de lançar candidatura.

Nota oficial que gerou confusão

Na quinta-feira, 31, durante as negociações para a filiação de Moro ao União Brasil, a ala do Democratas exigiu que o ex-juiz assinasse o compromisso de não se lançar candidato à presidência da República.

Inicialmente, Moro resistiu. Enviou ao União Brasil uma proposta de nota em que dizia se colocar como um “soldado” do partido – mas não abria mão da pré-candidatura.

A nota foi devolvida a Moro com um recado direto: a renúncia às aspirações presidenciais era condição essencial para que a entrada no União Brasil fosse aceita pelo partido.

Moro, então, aceitou e divulgou a nota oficial – a contragosto.

Nesta sexta, após Moro convocar coletiva e dizer que não havia desistido “de nada”, a ala União Brasil voltou a se manifestar e fez críticas públicas a Sergio Moro. 

O grupo diz que o ex-ministro não é de confiança, e que rasgou compromisso feito no dia anterior.

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