Nesta sexta-feira, 15, a ministra Rosa Weber do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou as oitivas do ex-presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e do ex-presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, sobre declarações da existência de mensagens que poderiam incriminar o presidente Jair Bolsonaro (PL).

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“Defiro, pois, o pedido de diligências preliminares formulado pelo Ministério Público Federal, nos moldes antes expostos. Encaminhem-se, para esse fim, os presentes autos à Procuradoria-Geral da República”, determinou.

A autorização partiu em ação apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues após uma reportagem do portal ‘Metrópoles’ afirmar que o ex-presidente da estatal Roberto Castello Branco declarou em um grupo privado que seu antigo celular funcional tinha provas que poderiam incriminar o mandatário.

Para a PGR, Castello Branco deve ser questionado para elucidar quais mensagens e áudios do celular corporativo que detinha e que, especificando o seu teor, poderiam “incriminar” o Presidente da República, além das datas, circunstâncias e contextos foram encaminhadas ou recebidas, além de explicar por qual motivo não os apresentou às autoridades competentes quando da primeira oportunidade possível.

Quanto ao ex-presidente do Banco do Brasil, a PGR afirmou que será uma oportunidade em que deverá aclarar, entre outros questionamentos pertinentes, o histórico de contato com o ex-presidente da estatal, a natureza da conversa travada, se conhece e consegue detalhar as mensagens e os supostos fatos e tipos delitivos aos quais Roberto Castello Branco teria se reportado.

Segundo a PGR, os elementos apresentados até o presente momento não comportam convicção ministerial suficiente para a instauração da investigação pedida.

Rubem Novaes disse à analista Renata Agostini no início de julho, que, sobre a troca de mensagens, cabe a Castello Branco esclarecer. E diz que não teve interferência do presidente Jair Bolsonaro em sua gestão. A reportagem não conseguiu contato com Castello Branco ou seus defensores.

Rosa Weber decidiu sobre o pedido do MP por conta do recesso, e ela responde pelo STF como presidente em exercício até esta sexta-feira. O relator do processo é o ministro Luís Roberto Barroso.

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