Após análise da prestação de contas parcial de campanha, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) identificou R$ 605 milhões em transferências suspeitas, conforme as informações enviadas pelos candidatos.

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De acordo com o TSE, ao todo, foram detectados 59.072 casos de doações ou gastos potencialmente irregulares.

Ainda conforme a Justiça Eleitoral, os casos agora serão apurados “com o levantamento de provas materiais e de informações mais aprofundadas”. 

As suspeitas foram alcançadas por meio do cruzamento de dados de diferentes órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União (TCU), a Receita Federal, o Conselho de Controle de Atividades Econômicas (Coaf) e a Polícia Federal (PF). 

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Irregularidades

Chama a atenção dos órgãos de controle quando, por exemplo, há fornecedores com número muito pequeno de funcionários, ou com um dos sócios como beneficiário de programas de transferência de renda como o Auxílio Brasil.

Levantam suspeita dos analisadores também os casos de empresas criadas neste ano e tendo como sócio algum filiado a partido ou parente de candidato. 

Há ainda suspeitas sobre doações feitas por pessoas beneficiárias de programas sociais ou com renda incompatível com o valor doado.

A análise dos órgãos de controle identificou, por exemplo, seis doadores falecidos e 190 desempregados. 

Há também 10.296 situações em que um mesmo candidato recebeu numerosas contribuições feitas por diferentes empregados de uma mesma empresa.

Os casos suspeitos serão investigados pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).

Uma nova rodada de cruzamento de dados ocorrerá após a prestação de contas final do primeiro turno, que deve ser entregue por todos os candidatos até 2 de novembro.