O ex-ministro Guido Mantega pediu para deixar a equipe de transição de governo de Lula, nesta quinta-feira (17).

Em carta enviada à equipe, gestor citou, entre outros pontos para sua saída, o tumulto de adversários e a condenação do Tribunal de Contas da União (TCU).

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Ele integrava o grupo de planejamento, orçamento e gestão.

Conforme o g1, a carta enviada por Mantega citava a condenação TCU, proferida pela primeira vez em 2016 e depois estendida em 2018.

Pelo fato da condenação, o ex-ministro está impedido temporariamente de ocupar cargos públicos.

Mantega disse foi condenado injustamente e que não ocuparia cargo remunerado na transição.

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Guido Mantega

Guido Mantega foi ministro do Planejamento, no governo Lula, e da Fazenda, nos governos Lula e Dilma Rousseff.

O gestor foi condenado pelas ações fiscais que motivaram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

As chamadas informalmente de “pedaladas”, foram as manobras que maquiaram as contas públicas em 2013 e 2014. 

Na época, Guido Mantega também foi multado em R$ 54 mil por conta de atrasos nos repasses a bancos públicos de valores destinados ao pagamento de benefícios de programas sociais.

Abaixo, confira a carta na íntegra:

“São Paulo, 17 de novembro de 2022.

Prezado vice-presidente Geraldo Alckmin, coordenador Geral da Equipe de Transição

Aceitei com alegria o convite para participar do Grupo de Transição, na certeza de poder dar uma contribuição para a implantação do governo democrático do presidente Lula.

Entretanto, em face de um procedimento administrativo do TCU, que me responsabilizou indevidamente, enquanto ministro da Fazenda, por praticar a suposta postergação de despesas no ano de 2014, as chamadas pedaladas fiscais, aceitei trabalhar na equipe como colaborador não remunerado, sem cargo público, para não contrariar a decisão que me impedia de exercer funções públicas por 8 anos.

Mesmo assim essa minha condição estava sendo explorada pelos adversários, interessados em tumultuar a transição e criar dificuldades para o novo governo.

Diante disso, resolvi solicitar meu afastamento da equipe de transição, no aguardo de decisão judicial que irá suspender os atos do TCU que me afastaram da vida pública. Estou confiante de que a justiça vai reparar esse equívoco, que manchou minha reputação.

Agradecendo a confiança,

Atenciosamente,

Guido Mantega”