O presidente Lula (PT) está há dois meses hospedado no mesmo hotel desde a vitória na disputa presidencial, em Brasília.
Coincidentemente, o local fica em frente ao posto onde começou a investigação que originou a operação Lava Jato e o levou à cadeia.
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O local foi descrito pela Lava Jato como “caixa eletrônico da propina”. Atualmente, com a reinvenção do modelo de negócios dos postos, o estabelecimento oferece muito mais do que combustíveis:
- Restaurante de PF (prato-feito);
- Pizzaria;
- Loja de conveniência;
- Loja de bebidas e tabacaria;
- Lavanderia;
- Funilaria.
Segundo o UOL Notícias, a direção do Posto da Torre não quis se manifestar, assim como a maioria dos funcionários. A única exceção é de um bolsonarista que não escondia a raiva com a vitória de Lula.
A aversão dobrava por saber que o presidente estava do outro lado da rua, fazendo com que a situação servisse para uma piada ofensiva: “O ladrão sempre volta à cena do crime”.
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A freguesia do posto
O estabelecimento tem 17 bombas de combustível e fica numa região bastante movimentada da cidade. Pelo Posto da Torre passam de engravatados a motoristas de caçamba.
Mas algumas características se destacam e revelam o perfil da clientela.
- Motoristas de Uber;
- Presença majoritária de carros populares;
- Trabalhadores que almoçam lanches.
Site do hotel que Lula está hospedado
O site do hotel em que Lula está apresenta o local como de qualidade superior e inspirado na modernidade e geometria de Brasília. A lista de mimos aos hóspedes é farta:
- Rooftop Pool (piscina na cobertura);
- Academia “imensa” com 1.000 metros quadrados;
- Ginásio;
- Sauna;
- Centro empresarial.
Com tanto luxo, a frota do outro lado da rua do posto é mais nobre. Há constante movimentação de Corollas, o carro preferido no mercado executivo.
Na entrada da torre em que Lula está, policiais são vistos aos montes.
Os federais estão em menor números e têm roupa discreta. Os policiais militares se espalham por toda parte.
O grande número se justifica porque o hotel abrange uma quadra inteira.
Até Lula se mudar para o Palácio da Alvorada vai ver diariamente o posto onde começou a investigação que o impediu de concorrer em 2018.