O voo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Brasil foi acompanhado de expectativa, reflexões e teve início com uma taça de espumante na mão.
Os detalhes da viagem foram publicados no O Globo pelo jornalista Eduardo Graça.
Na quarta-feira (29) à noite, ainda em Orlando, o ex-presidente e três acompanhantes foram os últimos a entrarem no avião “Harry Potter”, da Gol. Ao ser reconhecido, Bolsonaro ouviu aplausos.
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Na viagem, o ex-presidente praticamente não desgrudou do celular. Pausa apenas para o jantar servido com frango e nhoque, com queijo e parmesão.
Bolsonaro também aproveitou para dormir até pouco tempo antes do desembarque em Brasília.
Fotos, sorrisos e perguntas
Antes do embarque em Orlando, Bolsonaro posou para fotos sorridente ao lado de simpatizantes.
O ex-presidente abraçou crianças, beijou mulheres, ouviu pacientemente eleitores, inclusive funcionários brasileiros de companhias aéreas.
Nem tudo foram flores no embarque, uma vez que a imprensa presente o questionou sobre as joias sauditas e se pretendia liderar oposição ao governo Lula.
“Vocês [repórteres] falaram muito de mim nas eleições, [e] agora…”, declarou Bolsonaro
Em seguida, ele informou que não conversaria com jornalistas do GLOBO e da Folha de S.Paulo na viagem de volta a Brasília.
Lounge e joias
No espaço entre a imigração e o embarque, o ex-presidente se refugiou em uma área isolada no lounge do terminal, de onde deu apenas uma única entrevista, para a CNN Brasil.
Um dos três assessores de viagem, o assessor especial Sergio Rocha Cordeiro informou que Bolsonaro só “faz entrevistas ao vivo”, pois “se não for assim, vocês [imprensa] distorcem [aquilo que ele diz]”.
À CNN Brasil, Bolsonaro citou as joias. Disse não ver ilegalidade alguma nas tentativas de liberar o material.
“A gente tentou recuperar [as joias] por ofício, não na mão grande. Era tudo pro acervo do presidente da República”, argumentou.
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Durante a entrevista, o novo presidente de honra do PL disse que vai à Polícia Federal na próxima quarta-feira (5), após ter sido indiciado, para dar explicações.
Sobre o terceiro estojo, avaliado em cerca de R$ 500 mil, declarou que deve entregá-lo ao Tribunal de Contas da União ainda nesta sexta-feira (31).
“Está à disposição. Não foi surrupiado. Pra que vou usar um relógio de mais de R$ 200 mil? Jamais usaria”, disse à CNN.
No voo de volta ao Brasil, Bolsonaro usou no pulso um relógio modelo simples da Casio.