O governador do Amazonas, Wilson Lima (União), pediu ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, apoio para o desenvolvimento do estado e da região.
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Foi durante a visita do presidente a Parintins, nesta sexta-feira (4), para anunciar, entre outras ações, a integração do município ao Sistema Nacional de Energia Elétrica, por meio do Linhão de Tucuruí.
Wilson declarou que Parintins atravessa um momento histórico com o acesso à energia elétrica de qualidade.
“Hoje é um dia histórico para Parintins porque mais de 100 mil pessoas, após décadas de espera, finalmente vão ter acesso ao sistema de energia elétrica de qualidade”, afirmou o governador.
Luz Para Todos
Em Parintins, além da interligação ao sistema de energia elétrica do Brasil, que também alcançou os municípios de Itacoatiara (AM) e Juruti (PA), Lula relançou o Programa Luz para Todos, que começou na primeira gestão dele (2003), lançou também o Programa de Descarbonização da Amazônia e assinou a Ordem de Serviço do Linhão Manaus-Boa Vista.
“A gente vai cuidar da Amazônia, mas não é do jeito que algumas pessoas falam. Cuidar da Amazônia é a gente começar dizendo que a gente não quer transformar a Amazônia em um santuário, que a gente quer cuidar de cada igarapé, a gente quer cuidar de cada animal, de cada passarinho, de cada flor, cuidar da nossa água, mas sobretudo do povo amazonense que mora aqui“, disse Lula, que recebeu o título de cidadão de Parintins.
Com o relançamento do programa Luz para Todos, o governo federal busca garantir o fornecimento de energia elétrica à população residente em regiões remotas da Amazônia Legal.
Em parintins, Lula também lançou o Programa de Descarbonização da Amazônia, uma tentativa de substituir a dependência da região por geração de energia a combustíveis poluentes para atender as populações isoladas da região.
Sobre a assinatura de Ordem de Serviço do Linhão entre Manaus (AM) – Boa Vista (RR), o Governo Federal deve construir cerca de 715 km de linha de transmissão, sendo 425 km no estado de Roraima e 290 km no Amazonas.
Desse total, cerca de 122 km passarão pela Terra Indígena Waimiri-Atroari, margeando a BR-174, rodovia federal que liga as duas capitais
Energia da Venezuela
Em Parintins, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também assinou o decreto que autoriza o Brasil a retomar a compra de energia elétrica da Venezuela.
Em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro suspendeu a comercialização entre os dois países.
A ação de Lula amplia o intercâmbio de energia elétrica com países que fazem fronteira com o Brasil e permite a importação de energia da Venezuela para Roraima.
O estado roraimense é o único do país que ainda não é ligado ao Sistema de Interligação Nacional.
A assinatura do decreto de Lula aconteceu na cidade de Parintins (AM), onde foi relançado o programa Luz para Todos.
Benefícios
Atualmente, o Brasil mantém intercâmbios internacionais de energia elétrica com Argentina, Uruguai e Paraguai.
O decreto novo permite que as relações energéticas sejam ampliadas a outros países de fronteira.
Ele prevê a possibilidade de importação de energia para atendimento aos sistemas isolados, com o objetivo de reduzir os gastos da Conta de Consumo de Combustível (CCC), que chegam a R$ 12 bilhões em 2023. Ela representa quase 35% da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o decreto de importação permite não apenas a compra de energia da Venezuela. Ele também viabiliza o começo da interligação de energia da América do Sul.
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Agenda no Norte
Após a agenda em Parintins, Lula seguiu para Santarém, no Pará, onde passa o fim de semana.
Na segunda-feira (07), ele inaugura a Infovia 01, que faz parte do programa Norte Conectado. Ela liga a cidade paraense a Manaus por meio de cabo de fibra óptica implantado no leito dos rios amazônicos. Outras cidades, como Parintins, estão contempladas.
Nos dias 8 e 9, Lula estará em Belém para a Cúpula da Amazônia, última agenda na região, onde os chefes de Estado dos oitos países amazônicos, além de governadores, se reunirão para discutir uma política conjunta de desenvolvimento sustentável para a região.