A Polícia Federal pediu a quebra do sigilo fiscal e bancário do ex-presidente Jair Bolsonaro, nesta sexta-feira (11).
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Pela manhã, uma operação da PF fez buscas e apreensões em endereço do tenente-coronel Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
A casa do pai de Cid, o general da reserva Mauro Lourena Cid, também foi alvo das ações.
O objetivo é investigar se militares próximos ao ex-presidente negociaram joias de forma ilegal.
O valor das transações podem superar R$ 1 milhão. As joias investigadas são presentes para a Presidência no mandato de Bolsonaro.
A lei determina que elas deveriam ser incorporadas ao patrimônio do Estado.
Agora, a PF quer saber se o dinheiro das joias negociadas foi enviado para Bolsonaro e se a verba para a recompra das joias partiu do ex-presidente.
A Justiça ainda tem que autorizar a quebra do sigilo.
Operação
A Polícia Federal (PF) fez buscas em uma operação sobre a suposta tentativa de vender ilegalmente presentes dados ao governo por delegações estrangeiras.
Um dos alvos da operação foi o tenente-coronel do Exército Mauro Barbosa Cid e o pai dele.
Os militares eram ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Mandados foram cumpridos em Brasília, São Paulo e Niterói (RJ).
Há pelo menos quatro alvos:
- O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel do Exército Mauro Barbosa Cid;
- Pai dele, o general do Exército Mauro César Lourena Cid;
- Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e tenente do Exército Osmar Crivelatti;
- Advogado Frederick Wassef, que já defendeu Bolsonaro e familiares em diversos processos na Justiça.
Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no inquérito que investiga as ações de uma suposta milícia digital que atua contra a democracia.
A operação foi batizada de “Lucas 12:2”, em alusão ao versículo da Bíblia que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”.
Mauro César Lourena Cid é general do Exército e foi colega de Jair Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), nos anos 1970.
Durante o governo Bolsonaro, o militar ocupou cargo federal em Miami ligado à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).