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Defesa de Renan Bolsonaro diz que ’04’ ficou surpreso com operação

Defesa de Renan Bolsonaro diz que ele ficou surpreso com operação

Os investigadores cumpriam mandados em dois endereços de Jair Renan - Foto: Reprodução/ Instagram @bolsonaro_jr

O filho “04” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan Bolsonaro, foi alvo, nesta quinta-feira (24), de mandado de busca e apreensão da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

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A ação faz parte da Operação Nexum, que investiga um grupo suspeito de falsidade ideológica, associação criminosa, estelionato, crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro.

Os investigadores cumpriam mandados em dois endereços de Jair Renan: um apartamento em Santa Catarina e outro na área nobre de Brasília.

Apreensão

Em nota, o advogado de Jair Renan, Admar Gonzaga, afirmou que a ação apreendeu um celular, um HD e papéis com anotações particulares e que não houve recondução do “04” para depoimento.

A defesa ainda disse que não teve acesso aos autos da investigação ou informações sobre os fundamentos da decisão.

Segundo Gonzaga, Renan afirmou estar “surpreso, mas absolutamente tranquilo com o ocorrido”.

O principal alvo da operação é Maciel Carvalho, instrutor de tiro de Jair Renan, suspeito de ser o mentor do esquema.

Segundo a PCDF, Carvalho já possui registros criminais por falsificação de documentos, estelionato, organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documento falso e disparo de arma de fogo.

Em 2023, Carvalho já foi alvo de duas operações da organização:

  1. “Succedere”, que investiga crimes tributários praticados por uma organização criminosa especializada em emissão ilícita de notas fiscais, e;
  2. “Falso Coach”, que apura uso de documentos falsos para o registro e comércio de armas de fogo e a promoção de cursos e treinamentos de tiro por meio de uma empresa em nome de um “laranja”.

Nessa segunda operação, o instrutor foi preso em flagrante em ação policial por posse irregular de arma.

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Operação

Segundo a investigação da Operação Nexum, o grupo suspeito agia por meio da inserção de funcionários “laranjas” para ocultar os verdadeiros proprietários de empresas fantasmas.

Conforme a PCDF, Carvalho e seus aliados criaram identidade falsa que foi usada para abertura de conta bancária e como proprietário de pessoas jurídicas usadas como laranjas.

Os policiais civis do DF ainda descobriram que os investigados forjam relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas.

Eles utilizam dados de contadores sem o consentimento destes para inserir declarações falsas.

Batizada de “Nexum”, a operação faz alusão ao mais antigo contrato formal romano utilizado para efetuar passagem do dinheiro e transferência simbólica de direitos.

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