O relator do projeto de lei que regulamenta a tributação do setor de apostas esportivas online, deputado e líder do PSDB, Adolfo Viana (BA), disse que vai manter em 18% a taxação sobre as empresas do setor.

Ele também incluiu a taxação, com a mesma alíquota, sobre os cassinos virtuais.

O texto deve ser votado nesta quarta-feira (13).

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O parlamentar havia cogitado a possibilidade de reduzir a alíquota, mas a maioria dos líderes pediu que ela ficasse inalterada, até para que o valor fosse repartido atendendo a todos os interesses da Casa.

A divisão dos 18% ainda está sendo estudada pelo relator.

Empresas do setor de apostas

A medida provisória publicada pelo governo federal no dia 25 de julho determina que as empresas, conhecidas como “bets”, sejam taxadas em 18% sobre a receita bruta dos jogos subtraídos os prêmios pagos aos apostadores, o chamado GGR (gross gaming revenue, na sigla em inglês).

De acordo com a MP, a arrecadação gerada pela taxação sobre os operadores será dividida da seguinte maneira:

  • 10% de contribuição para a seguridade social;
  • 0,82% para educação básica; 2,55% ao Fundo Nacional de Segurança Pública;
  • 1,63% aos clubes, como contrapartida à cessão do nome;
  • E 3% ao Ministério do Esporte, totalizando os 18%.

A pasta do Esporte foi, inclusive, entregue ao líder do PP na Câmara, André Fufuca (MA), como parte das negociações do governo com o Centrão.

Adolfo vai destinar parte da arrecadação advinda da taxação de casas de apostas esportivas aos cofres do Ministério do Turismo, comandado por Celso Sabino (União Brasil-PA).

O porcentual ainda não foi definido. Uma possibilidade estudada seria destinar 3% ao Ministério, sendo 1% para Embratur.

Arrecadação

A MP das apostas é uma das “medidas saneadoras” prometido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para elevar receitas e cumprir a meta de déficit zero no ano que vem.

De acordo com o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), o governo espera arrecadar em torno de 700 milhões com a regulamentação das apostas esportivas, mas estimativas internas calculam que o montante possa chegar a R$ 12 bilhões em um mercado totalmente regulado.

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