Pedidos de doação ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência no governo de Jair Bolsonaro (PL), circulam em grupos de militares no WhatsApp.
A campanha é para arrecadar R$ 300 mil para cobrir gastos com advogados.
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O tenente-coronel é investigado por suspeita de fraudes em cartões de vacinação, pela articulação de planos golpistas e pela venda de presentes diplomáticos que deveriam ter sido devolvidos ao acervo da União.
Ele fez uma delação premiada e está em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.
Segundo a mensagem, atribuída a militares da reserva das Forças Armadas, Mauro Cid “sempre honrou a farda” e agora precisa de “ajuda humanitária”.
O texto afirma ainda que o tenente-coronel precisou vender bens para pagar honorários advocatícios.
“O coronel Cid está precisando de nossa ajuda humanitária, já vendeu quase tudo que possuía”, diz o texto. “Vamos juntos ajudar esse amigo que sempre foi leal e um excelente militar.”
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Investigações
Fraudes da vacinação
O tenente-coronel chegou a ser preso em maio do ano passado, suspeito de operar fraudes em certificados de vacinação da covid-19.
O objetivo seria gerar comprovantes de imunização para viagens internacionais no auge da pandemia, segundo a PF.
Joias sauditas
Mauro Cid também é suspeito de negociar presentes oficiais recebidos por Bolsonaro na qualidade de chefe de Estado, que deveriam ser incorporados ao acervo da União, para enriquecer o ex-presidente.
Golpe
O ex-ajudante de ordens foi implicado ainda em uma investigação sobre supostas articulações golpistas para usar as Forças Armadas em uma intervenção militar contra o Poder Judiciário.
Uma perícia no celular de Mauro Cid encontrou um rascunho de proposta para Bolsonaro decretar estado de sítio e um guia para intervenção das Forças Armadas.