O Ministério Público (MP) junto ao Tribunal de Contas da União apresentou uma representação para que o Tribunal de Contas (TCU) investigue o uso do recurso público para o abastecimento de veículos de familiares do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
O documento assinado pelo subprocurador-geral Lucas Furtado, afirma que o gabinete de Costa filho fez uso de verba pública para encher os tanques de Cristiana Bezerra, esposa do ministro; do advogado Carlos Antônio da Costa, irmão dele; e do ex-deputado Silvio Serafim Costa, pai de Silvio Costa entre abril de 2022 a agosto de 2023.
Segundo a representação protocolada nesta semana, o TCU deve adotar medidas para “investigar possíveis condutas atentatórias à moralidade administrativa e em desvio de finalidade no uso de verbas públicas para compra de combustíveis”.
Furtado alega que o uso de verba para a compra de combustível “atenta contra a moralidade administrativa e constitui evidente desvio de finalidade no uso de recursos públicos”.
“No caso noticiado, não houve interesse público a ser satisfeito, mas apenas o interesse privado do ministro e de seus familiares, que veio a ser custeado com o suado dinheiro do contribuinte”.
O desvio de verba para abastecimento dos veículos ocorreu enquanto Costa Filho exercia seu mandato como deputado federal. Segundo informações do jornal O Globo, o gabinete alegou o abastecimento de 48 carros diferentes, um total de R$ 105,1 mil para o mesmo posto de gasolina.