Para o início do ano legislativo no Amazonas, o deputado estadual Adjuto Afonso (União Brasil) decidiu nomear seis municípios com títulos de frutas e árvore.
Dos nove Projetos de Lei submetidos à Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) até o momento, neste ano, seis são voltados para “conferir ao município X o título de capital estadual (fruta)”.
Os dados são do Sistema de Apoio ao Processo Legislativo (SAPL).
Todos os projetos de lei que serão detalhados posteriormente foram apresentados à Casa no último dia 6 de fevereiro.
No mesmo dia, apenas três PLs não tiveram como objetivo “conferir título de fruta” a nenhuma cidade.
Autazes: capital do cupuaçu
No documento em que justifica o Projeto de Lei nº 02/2024, o parlamentar destaca que Autazes é o município que mais produz cupuaçu no Amazonas.
“De acordo com o Instituto, em 2022, foram produzidos 1.010 (mil e dez) frutos, o que equivale a cerca de 1.250 (mil e duzentos e cinquenta) toneladas por ano”, detalhou.
Segundo Afonso, o PL pode ajudar a promover a cidade como um destino turístico e econômico.
“[…] Tem como objetivo atrair investimentos para a cidade e incentivar o desenvolvimento de novas empresas e indústrias relacionadas à produção de cupuaçu”, descreve.
Por fim, o deputado salienta que a fruta “é muito importante para a economia local” e pede apoio para aprovação do texto.
Itacoatiara: capital do abacaxi
Já no Projeto de Lei nº 04/2024, Afonso destaca que, segundo o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (IDAM), Novo Remanso, distrito de Itacoatiara, é o maior produtor de abacaxi do estado.
“O projeto de Lei em epígrafe pode ajudar a promover a cidade como um destino turístico e econômico, porquanto tem como objetivo atrair investimentos para a cidade e incentivar o desenvolvimento de novas empresas e indústrias relacionadas ao cultivo de abacaxi”, descreve, usando as mesmas palavras do PL anterior.
Iranduba: capital da melancia
Com Iranduba, a frita da vez é a melancia. O PL nº 05/2024 informa que o município é o maior produtor da fruta no Amazonas.
“A produção de melancia em Iranduba se destaca, ao passo que contribui para a economia local e nacional, além de fornecer uma fruta saborosa com características de notável dulçor para os consumidores”, descreve.
Novamente, o deputado se utiliza das mesmas palavras sobre incentivo econômico na cidade para pedir a provação.
Rio Preto da Eva: capital da laranja
“Estima-se que [Rio Preto da Eva] seja responsável por 70% da produção de laranjas do Amazonas”, é assim que inicia a justificativa do parlamentar para o PL nº 08/2024.
“A cidade tem uma longa história de produção de laranjas, que remonta a muitos anos atrás, quando citricultores japoneses começaram os plantios”, cita Afonso.
Para finalizar, as mesmas palavras sobre investimentos e economia local, acrescentando apenas que a cidade tem “potencial para a exportação para outras partes do país e do mundo”.
Silves: capital do Cumaru
Conforme redigiu o deputado, intitular Silves como ‘capital do Cumaru’ pode “ajudar a promover o turismo local, gerar empregos e fomentar a economia da região”.
No documento do PL nº 09/2024 é destacado que, segundo o IBGE, Silves é o maior produtor da “baunilha brasileira” no Amazonas.
Como conclusão, retoma o texto sobre atrair dinheiro para o município e promover um destino turístico rural.
Novo Aripuanã: capital do óleo de copaíba
Para variar, agora trata-se de uma árvore, onde o município de Novo Aripuanã é o destaque na produção.
Utilizando de dados do IBGE, Afonso descreve, no PL nº 10/2024, que a cidade é o maior produtor do óleo no Amazonas e que está em primeiro lugar no Brasil.
“[O título] valoriza a cidade por meio de sua história e do reconhecimento do importante trabalho do homem da floresta e de sua família no melhoramento do cultivo para torná-lo cada vez mais sustentável e atrativo ao mercado interno e internacional”, disserta.
Para finalizar e pedir a aprovação, Afonso salienta que o PL pode ajudar no investimento na produção de produtos naturais e sustentáveis. “A lei pode ajudar a preservar a história e a cultura de Novo Aripuanã”, destaca.