Após a viagem de jatinho do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), a uma ilha do Caribe junto de empresário contratado pela prefeitura e namorada, a oposição na Câmara Municipal de Manaus (CMM) pede convocação do prefeito para explicar notícias veiculadas nacionalmente.
O pedido da convocação será realizado nesta segunda-feira (19) pelo vereador Rodrigo Guedes (Podemos).
De acordo com o vereador, Manaus virou destaque nacional após a situação.
O prefeito estaria acompanhado da noiva e de Roberto de Souza Lopes, que possui diversos vários contratos firmados com a prefeitura pela Manaus Previdência.
“Vamos ver quais vereadores vão votar contra ou a favor, ou pedir vistas para protelar e ganhar tempo. Cobrarei esclarecimentos sobre essa farra que o prefeito está fazendo com o dinheiro público”, disse o parlamentar.
Viagem de jatinho teve oito passageiros
David Almeida viajou para Sint Maarten, ilha no Caribe, junto a Roberto de Souza Lopes, dono da Royal Tech, que tem histórico de contratos com a prefeitura de Manaus desde 2015.
Atualmente, a Royal Tech mantém contato com a Manaus Previdência para locação e manutenção de impressoras.
Segundo a própria prefeitura da cidade, o empresário já teve contratos com ordem de R$ 3,5 em gestões anteriores e que, hoje, possui apenas uma ordem de R$ 20 mil por ano.
No avião fretado, havia oito passageiros, que decolou de Manaus rumo à ilha durante o feriadão de Carnaval, e retornou na última quarta-feira (14).
Além de Almeida e Roberto estavam:
- A noiva do prefeito, Isabelle Fontenelle de Queiroz;
- O subsecretário de Planejamento e Gestão de Pessoas de Manaus, Valcerlan Ferreira Cruz;
- O advogado Kassio Almeida Faye das Chagas;
- A modelo Eduarda Freiberger;
- Adriana Menezes Ferreira Cruz; e
- Taís Cardoso de Amorim Faye.
Notas de prefeitura e empresário
Em nota, a prefeitura informou que o prefeito realizou uma viagem não programada com outras pessoas, aceitando um convite do empresário.
Além disso, justifica falando que David Almeida conhece Roberto há anos, antes de sua gestão municipal, e que os assentos na aeronave foram pagos pelo empresário.
O “amigo de anos” do representante do poder executivo municipal alegou que nada “ilegal ou imoral” ocorreu.
“[…] O fato de fazer uma viagem juntamente com o seu amigo durante o feriado do Carnaval não configura qualquer ato ilegal, nem tampouco imoral, sendo assim afasta qualquer possibilidade de irregularidade”, diz posicionamento.