Nesta terça-feira (20), o aterro sanitário de Manaus, na AM-010, foi alvo de críticas dos vereadores da Câmara Municipal de Manaus.
As críticas foram voltadas, principalmente, para a atuação da prefeitura sobre o local.
Na última semana, foi decidido que o Tribunal de Justiça do Amazonas irá decidir sobre o fechamento do aterro, após prefeitura e Ministério Público não entrarem em um acordo.
Um dos parlamentares que criticou o Poder Executivo foi Lissandro Breval (Avante). O vereador alegou que mesmo ciente da gravidade da situação e das recomendações ambientais, a prefeitura não atuou no planejamento de um novo espaço.
“Há quem diga que esse problema não é de agora. Se passaram três anos, sabiam da situação crítica do aterro e nada foi feito. Posso falar com propriedade porque li o plano de governo do atual prefeito e lá consta a seriedade do momento crítico do aterro”, declarou Breval.
Além do fechamento, segundo o vereador, também não foi percebido movimentação acerca dos próximos passos de depósito e descarte do lixo em Manaus.
“Está na hora de trabalhar, já são três anos sem sequer um plano B ser apresentado”, concluiu.
O vereador Rosivaldo Cordovil (PL) também cobrou a Prefeitura de Manaus acerca do aterro sanitário.
O parlamentar alertou que a situação é crítica e que o lixo do local estaria indo para mananciais.
O parlamentar afirmou que o lixo que vai para o esgoto, para o igarapé, prejudica o meio ambiente, as nascentes e os mananciais da cidade.
Ele também cobrou da prefeitura que amplie as campanhas de compensação ambiental.
“A situação do aterro sanitário é grave e precisa ser resolvida o quanto antes. Não podemos deixar que o lixo continue sendo despejado de forma inadequada e que o chorume contamine o Rio Negro, como já foi apontado por um laudo do Ipaam”, declarou.
Aterro sanitário
Após nem a Prefeitura de Manaus e nem o Ministério Público do Amazonas entrarem em um acordo sobre o fechamento do aterro sanitário no KM-19 da AM-010, em Manaus, o Tribunal de Justiça do Amazonas irá decidir sobre a situação.
A ação será julgada pelo desembargador João Simões, mas a data do julgamento ainda não foi acertada.
Ainda em janeiro deste ano, a justiça havia concedido um prazo de cinco dias para a prefeitura e o MPAM decidissem sobre o fechamento do aterro sanitário.
Após passar os dias, o relator da ação, Simões, informou que nenhuma das partes mostrou resoluções de solução.
No dia 24 de janeiro, após um dia do TJAM conceder o prazo, a prefeitura de Manaus se pronunciou e alegou que estava tomando medidas para resolver a situação.
O aterro em questão em Manaus possui vida útil até janeiro deste ano, segundo um lado técnico realizado em 2018.
Em dezembro de 2023, a prefeitura solicitou mais tempo para fechar o local e apresentou documento onde dizia que a vida útil do aterro poderia ser até outubro de 2024.