Durante a sessão virtual do Superior Tribunal de Justiça (STJ) da quarta-feira (15), a Corte decidiu acatar a denúncia no âmbito da Operação Ptolomeu e tornar o governador do Acre, Gladson Cameli (PP), réu.
A relatora do caso, ministra Nancy Andrighi, votou pelo recebimento da denúncia contra o governador do Acre, Gladson Cameli (PP), onde é apontado como integrante de supostos crimes de desvio de recursos.
Os ministros negaram o pedido de afastamento do chefe do executivo estadual, permitindo que Cameli continue a frente do Acre. Porém mantiveram as determinações cautelares, com sequestro dos valores e bens apreendidos, assim como o passaporte dele pelo período de um ano.
Entenda o caso da Operação Ptolomeu
A operação que investiga a acusações de corrupção e lavagem de dinheiro na cúpula do governo do Acre, intitulada “Ptolomeu“. Um dos acusados é o governador do Acre, Gladson Cameli.
As investigações se desenvolveram em três fases, onde a terceira foi deflagrada a partir de investigações da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República, da Receita Federal e da Controladoria-Geral da União.
Os nomes dos alvos apontados nas investigações indicam a participação de membros do primeiro escalão do Governo do Acre.
Cameli foi acusado pela PGR pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ativa, peculato e fraude a licitação.
Em nota, Gladson diz que justiça cumpre papel e que terá a oportunidade de se defender e mostrar sua inocência.
Nota de Gladson Cameli
Gladson Camel afirma que pela primeira vez foi ouvido e agora pode se defender. “Esta foi a primeira vez que estou sendo oficialmente ouvido, sigo confiando na justiça”, destaca Cameli.
“A justiça cumpriu o seu papel, e agora terei a oportunidade de me defender e provar minha inocência e idoneidade”. A afirmação foi feita na tarde desta quarta-feira, 15, pelo governador Gladson Cameli, logo após os ministros que integram o Superior Tribunal de Justiça terem negado seu afastamento do mandato.