O edital do novo leilão de arroz importado deve sair no prazo de uma semana até dez dias. A informação é do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. Ele deu a declaração após se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sem fornecer mais detalhes sobre a concorrência.
Na terça-feira (11), o governo anulou a compra de 263,3 mil toneladas de arroz importado. A medida se deu após avaliação de que a maioria das empresas vencedoras não tinha capacidade financeira de honrar os contratos.
No anúncio do cancelamento, o governo informou que o novo edital terá a participação da Controladoria-Geral da União (CGU), da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Receita Federal. O objetivo é analisar as empresas participantes antes do leilão.
O leilão cancelado também foi marcado por um conflito de interesses. O imbróglio culminou com a exoneração de Neri Geller, que era secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
“O presidente Lula participou dessa decisão de anular esse leilão e proceder um novo leilão, mais aperfeiçoado do ponto de vista de suas regras. Por isso, a CGU e AGU participarão, e a Receita Federal também, da elaboração desse novo leilão, juntamente com a Conab, para garantir que ele esteja em outras bases”, disse o ministro Paulo Teixeira, no anúncio do cancelamento na terça-feira (11), no Palácio do Planalto.
Preço do arroz
O objetivo da importação do arroz é garantir o abastecimento e estabilizar os preços do produto no mercado interno. Após as inundações no Rio Grande do Sul, o preço do grão teve uma alta média de 14%, chegando em alguns lugares a 100%. Os gaúchos produzem cerca de 70% do arroz consumido no país.
* Com informações da Agência Brasil