Nesta quinta-feira (20), a deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP) afirmou que o processo de cassação contra ela foi “atropelado” em retaliação às denúncias que fez.
Waiãpi teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), acusada de utilizar verba de campanha para um procedimento estético durante as eleições de 2022.
Ela se mostrou surpresa com o fato de a cassação ter ocorrido justamente após sua participação em denúncias.
Entre elas, fraude na licitação do arroz, desembarque de 35 navios russos com óleo diesel no Amapá e operação de uma estação ilegal de madeira no estado.
Além disso, ela alegou que quando soube da cassação “estava incomunicável discutindo crimes sexuais e redes de pedofilia na região Norte do Brasil”.
A deputada lamentou não ter tido o direito de defesa.
Waiãpi também destacou que o TRE já havia aprovado suas contas em dezembro de 2022, o que permitiu sua diplomação.
“Não havia como haver uma cassação se as contas foram todas aprovadas. Um ano e meio depois, resolveram fazer um rejulgamento para encontrar uma razão possível para a cassação”, disse a deputada.
Ação
Segundo a ação, Waiãpi instruiu uma assessora a repassar R$ 9 mil para um cirurgião-dentista após receber verba do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC).
De acordo com o Ministério Público Eleitoral (MPE), foram realizados dois repasses. Waiãpi negou categoricamente as acusações.
Além disso, argumentou que não esteve no consultório na data mencionada pelo dentista e que não realizou harmonização facial nem qualquer procedimento dentário.
A deputada enviou um vídeo ao Portal Norte: