O procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá um prazo estendido para decidir se denuncia ou não o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso das joias sauditas.

Isso ocorre porque o Judiciário está em recesso, e os processos estão suspensos até o final do mês. O prazo formal seria de 15 dias.

Na tarde de sexta-feira (5) a Polícia Federal (PF) compareceu ao Supremo Tribunal Federal (STF) e protocolou o relatório final do inquérito das joias.

Após o protocolo, enviaram o documento ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. Ele decidirá sobre a manutenção do sigilo do inquérito. A entrega pessoal foi necessária devido aos autos físicos.

Após receber o inquérito, Moraes deve permitir que a Procuradoria-Geral da República se manifeste.

Gonet está de férias e voltará a Brasília na próxima semana, mantendo discussões sobre os casos envolvendo Bolsonaro restritas a um pequeno grupo de auxiliares de confiança.

Investigação

A Polícia Federal investiga a apropriação indevida de joias milionárias presenteadas a Bolsonaro durante seu mandato como presidente do Brasil.

Segundo a PF, Bolsonaro teria retido os itens e, a partir de meados de 2022, os teria vendido no exterior em transações coordenadas pelo ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid.

Bolsonaro poderá enfrentar pena de até 32 anos de prisão pelos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.

Além de Bolsonaro, outras 11 pessoas foram indiciadas.

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