O relatório da Polícia Federal (PF) sobre o caso das joias sauditas expõe áudios do advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Frederic Wassef, que propagam desinformação.
Documentos da investigação da PF tiveram o sigilo derrubado nesta segunda-feira (8).
Wassef teria argumentado que não deveriam “adentrar em detalhes, em questões de leis e nem nada, porque o povo não tem tempo pra ler e nem vai entender isso”.
Além disso, Wassef teria enviado um áudio a Bolsonaro demonstrando obsessão pela ocupação de espaços e a disputa interna pela atenção do ex-presidente.
Os áudios foram evidenciados nas mais de duas mil páginas que compõem apenas um dos volumes do processo.
O documento revela ainda que o grupo mais próximo de Bolsonaro acompanhava de perto notícias da grande imprensa sobre o caso, repassando-lhe diferentes versões da defesa ao longo da crise.
“Presidente, eu te mandei só uma pequena amostra das centenas de matérias que explodiram no Brasil inteiro, inclusive, nos Estados Unidos também, que a imprensa americana, eu fiquei sabendo que publicou”, diz Wassef a Bolsonaro.
“Então, os principais jornais do Brasil, Folha de São Paulo, Estadão, Globo, UOL, Metrópoles, tudo que você imaginar está a nota na integra, com as mensagens que interessam”, concluiu.
Joias sauditas
Segundo a PF, o advogado Caio Cesar Vieira Rocha, ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), arcou com cerca de R$ 38 mil em despesas da viagem em que Wassef recomprasse nos Estados Unidos um relógio Rolex dado pelo governo saudita ao governo brasileiro.
Wassef foi um dos indiciados pela PF no último dia 4 por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.
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