Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, atualizou nesta quarta-feira (10) a situação dos incêndios no Pantanal.
Segundo a ministra, 55% dos focos na região foram extintos. Ela detalhou que das 54 ocorrências registradas, até o dia 7 de julho, 30 foram completamente apagadas pelas ações de combate.
Dos 24 incêndios ainda ativos, 13 estão sob controle.
“Nós temos o início de uma estabilização. Isso tem a ver com todas as ações feitas conjuntamente com os governos do estado, com um esforço grande do Governo Federal, uma verdadeira força-tarefa de enfrentamento aos incêndios”, destacou Marina.
Atualmente, 830 profissionais estão envolvidos na operação, juntamente com 15 aeronaves, 15 embarcações e três bases em funcionamento: em Corumbá, Poconé e Porto Conceição.
Além disso, há 48 pessoas da Força Nacional de Segurança em fase de mobilização.
A ministra explicou ainda que todas essas bases recebem ações planejadas dos brigadistas do Ibama e do ICMBio, com apoio da Marinha, Exército e Aeronáutica.
“Esse esforço é crucial, especialmente considerando a difícil acessibilidade dos locais afetados, o que tem contribuído para aumentar a velocidade e a eficácia das equipes”, destacou.
Incêndios no Pantanal
No dia 24 de junho o governo de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência no estado devido aos incêndios.
O governo autorizou todos os órgãos estaduais a se mobilizarem e atuarem sob a coordenação da Defesa Civil do Estado, em ações de resposta ao desastre.
Além disso, o foco visa a reabilitação do cenário após as queimadas e na reconstrução.
As cidades mais atingidas pelo fogo são Corumbá, Ladário, Porto Murtinho e Rio Verde. O estado está sendo consumido pela fumaça.
As chamas consumiram 541 mil hectares do Pantanal Mato-grossense entre janeiro e junho deste ano, área três vezes maior que a cidade de São Paulo.
Combate a incêndios
No dia 9 de julho, o presidente em exercício Geraldo Alckmin assinou e publicou no Diário Oficial da União (DOU) a medida provisória que beneficia ações emergenciais de combate a incêndios.
A MP dispõe sobre o prazo de recontratação de pessoal por tempo determinado e visa principalmente atender aos casos de prevenção e controle.
Antes da publicação da MP, a lei exigia que os profissionais contratados pelo Ibama e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) atuassem por dois anos, prorrogáveis por mais um ano.
No entanto, o texto original da lei estabelecia um intervalo de dois anos entre as recontratações, o que dificultava a contratação de profissionais experientes em situações de emergência.
O novo texto da MP permite recontratações mais rápidas, beneficiando diretamente o Ibama e o ICMBio.
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