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Caso Marielle: Conselho de Ética da Câmara ouve defesa de Chiquinho Brazão

A defesa de Chiquinho Brazão será ouvida no Conselho de Ética sobre o caso Marielle

A defesa de Chiquinho Brazão será ouvida no Conselho de Ética sobre o caso Marielle. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados se reúne nesta segunda-feira (15) para ouvir testemunhas de defesa do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ).

Serão ouvidos:

Caso Marielle

Em março deste ano, o colegiado recebeu o pedido de cassação do mandato do deputado Chiquinho Brazão, acusado pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018, no Rio de Janeiro.

Na época, Brazão era vereador.

O processo foi instaurado no mês seguinte. Nas audiências, ele destacou que irá provar sua inocência. Além disso, pediu retratação aos que o acusaram de participação no assassinato.

Brazão está preso desde março e nega as acusações, argumentando que os debates na Câmara Municipal do Rio de Janeiro com Marielle não justificam ligá-lo ao crime.

Brazão enfrenta um processo (Representação 4/24) no Conselho de Ética, movido pelo Psol, com a deputada Jack Rocha (PT-ES) atuando como relatora do caso.

O advogado de Brazão, Cleber Lopes, argumenta que os eventos mencionados nas acusações ocorreram antes do mandato de Brazão na Câmara, portanto não estão cobertos pelo Código de Ética da Casa.

Acusação

O deputado Tarcísio Motta (Psol-RJ) foi ouvido no dia 9 de julho pelo Conselho de Ética como testemunha no processo contra o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ).

Segundo Motta, a morte de Marielle foi para “aterrorizar” a oposição.

“É sobre esse tipo de terror que nós estamos falando em relação ao assassinato de Marielle Franco. Era para causar terror naqueles que ousassem enfrentar o poder político desses milicianos nos parlamentos. Esta é a conclusão que o relatório da Polícia Federal [sobre o assassinato] tem apresentado e que, em minha opinião, faz todo sentido: há uma tentativa de nos amedrontar, de nos aterrorizar”, afirmou.

Cronologia dos eventos envolvendo Chiquinho Brazão

STF

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu tornar réus cinco acusados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em uma decisão unânime.

Com essa decisão, em junho, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), seu irmão Chiquinho Brazão, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, e o major da Polícia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira, todos presos, passaram a responder por homicídio e organização criminosa.

Robson Calixto Fonseca, conhecido como Peixe, responderá apenas por organização criminosa, sendo acusado de fornecer a arma utilizada no crime.

Os acusados enfrentarão uma ação penal no STF.

Além disso, após a oitiva de testemunhas de acusação e defesa, poderão ser condenados ou absolvidos, sem prazo definido para o julgamento.

O caso está sob a jurisdição do STF devido ao foro privilegiado de Chiquinho Brazão como deputado federal.

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