O delegado Rivaldo Barbosa de Araújo Júnior prestou depoimento no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados nesta segunda-feira (15) sobre o caso Marielle.
Ele negou qualquer relação com os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, presos acusados de participação no assassinato de Marielle Franco e seu motorista, Anderson Torres.
Em depoimento anterior, ele já havia dito que não conhecia os irmãos e negou ter participado do crime.
Rivaldo, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, está preso sob a acusação de comprometer as investigações do assassinato.
Ele assumiu o comando da Polícia Civil do Rio de Janeiro 10 dias antes da morte de Marielle e Anderson em 2018.
Além disso, ele foi uma das primeiras pessoas a entrar em contato com as famílias das vítimas e na ocasião, prometeu solucionar o crime.
Em depoimento no Conselho de Ética ele disse:
“Desde o dia em que eu nasci, eu nunca falei com nenhum irmão Brazão. Eu nunca falei com essas pessoas na minha vida”, afirmou. “Eu estou aqui preso há quase quatro meses, e a única coisa que eu fiz foi indicar o delegado Giniton [Lages], que efetivamente prendeu com provas técnicas o Ronnie Lessa [assassino confesso da vereadora e de Anderson]”, disse Rivaldo.
Rivaldo destacou ainda que a milícia é um “câncer no Rio de Janeiro”, responsável pela morte de muitas pessoas, incluindo Marielle e Anderson.
Ele afirmou: “eu lutei muito contra essas milícias e hoje estou aqui por causa disso.”
Além de Rivaldo, outras testemunhas foram ouvidas pelo colegiado.
Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), deputado, enfrenta um processo no Conselho de Ética que pode resultar na cassação de seu mandato por quebra de decoro.
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