O presidente Nicolás Maduro foi declarado vencedor das eleições presidenciais da Venezuela, realizadas no último domingo (28), pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Com 51,21% dos votos, Maduro garantiu um terceiro mandato, de 2025 a 2030, superando seu principal adversário, Edmundo González, que obteve 44%.
No entanto, a oposição contestou o resultado, alegando fraude nas urnas. María Corina Machado, líder oposicionista, afirmou que aliados de González tiveram acesso a 40% das atas eleitorais, que indicariam sua vitória.
Ela pediu a intervenção das Forças Armadas e exigiu que o CNE divulgue todas as atas, permitindo a comparação com as distribuídas aos fiscais e observadores.
Em meio à controvérsia, o governo venezuelano expulsou diplomatas de sete países da América Latina que questionaram o resultado.
A repressão política, segundo a oposição, aumentou desde a reeleição contestada de Maduro, com a prisão do deputado Freddy Superlano, líder do partido Vontade Popular, registrada em vídeo e divulgada nas redes sociais nesta terça-feira (30).
Manifestação internacional
A Organização dos Estados Americanos (OEA) afirmou nesta terça-feira que não reconhece os resultados das eleições presidenciais da Venezuela, que declararam Nicolás Maduro como vencedor.
O departamento de Observação Eleitoral da OEA questionou a legitimidade do pleito e anunciou uma reunião extraordinária para quarta-feira, onde discutirão a situação venezuelana.
Enquanto isso, os Estados Unidos consideram novas sanções contra o governo de Maduro. Fontes ligadas às discussões informaram que as sanções podem ser aplicadas caso o presidente reeleito não atenda às exigências de Washington por maior transparência na contagem dos votos.
Protestos na Venezuela
Após a vitória de Maduro, diversos protestos se espalharam na Venezuela. As manifestações contra a reeleição do presidente venezuelano Nicolás Maduro já resultaram na morte de 13 pessoas, incluindo dois menores de idade.
A informação foi divulgada nesta terça-feira (30) pela ONG Foro Penal e pelo jornal digital argentino Infobae.
Alfredo Romero, diretor da Foro Penal, confirmou em entrevista que 11 dessas mortes ocorreram em diferentes regiões do país: cinco em Caracas, duas em Zulia, duas em Yaracuy, uma em Aragua e outra em Táchira. Romero expressou preocupação com a escalada da violência nos protestos.
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