O presidente Lula (PT) pretende variar a parceria com o Chile, durante a viagem feita para o país na próxima semana.

O foco principal do presidente é fazer acordos comerciais, com a expectativa que mais de 15 documentos bilaterais sejam assinados.

Além disso, o petista também pretende aumentar a demanda de produtos brasileiros que são exportados. 

A expectativa é que a comitiva do presidente desembarque no próximo domingo (4), às 20h (horário de Brasília), em Santiago.

Para a embaixadora Gisela Padovan, que é secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores (MRE), a visita mostra que os dois países estão se reaproximando.

“Nós estamos buscando expandir essa agenda bilateral para exatamente trabalhar uma amizade que vai além dos temas econômicos e comerciais, para assuntos como ciência e tecnologia, defesa da democracia e direitos humanos, educação, inovação, saúde. Nós temos uma agenda muito densa e que abrange vários aspectos”, disse. 

A declaração foi dada pela embaixadora na reunião que foi promovida pelo Ministério das Relações Exteriores.

Ministros, assessores e outros integrantes do governo federal vão acompanhar Liula na viagem. 

Além disso, aproximadamente 200 empresários brasileiros devem desembarcar em Santiago para participar do Fórum Empresarial Chile-Brasil.

Maior foco da viagem é comercial

De acordo com o cientista político Guilherme Soares, o presidente Lula pretende aumentar a balança comercial e o foco é financeiro.

“É uma viagem com um foco nitidamente financeiro, principalmente voltada à diversificação de parcerias, tanto que contará com uma presença massiva de empresários brasileiros” destaca.

Venezuela pode entrar em debate?

Além disso, Soares afirma que não é provável que Lula e Boric falem sobre a Venezuela, mesmo que o assunto esteja em alta em toda a América Latina. 

“Ambos possuem posicionamentos diversos em relação a isso”, destaca.

O especialista afirma que lgumas pautas sociais vão ser discutidas, mas serão tratadas como assuntos paralelos.

“A intenção brasileira de se ater a pauta econômica/comercial será o que irá guiar as reuniões”, finaliza Soares.

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