No mês de conscientização de violência contra a mulher, o governo vai lançar a Articulação Nacional pelo Feminicídio Zero, porque pretende reduzir os crimes de violência.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, anunciou a medida nesta sexta-feira (2), durante café da manhã com jornalistas.  

A intenção do projeto é fazer a assinatura de um manifesto, realizar eventos e palestras sobre o tema e divulgar materiais gráficos e audiovisuais da campanha.

De acordo com a ministra, a intenção é chegar em dezembro de 2026 com as pessoas estando conscientes de que o feminicídio é crime.

“Se a gente conseguir chegar em 31 de dezembro de 2026 com a maioria da sociedade dizendo que a violência contra as mulheres é crime, com as pessoas voltando a se indignar com isso.”, declara Gonçalves durante café da manhã com jornalistas mulheres. 

Times de futebol vão participar

A campanha será lançada na próxima quarta-feira (7) e pretende mobilizar times de futebol brasileiros.

Até o momento, líderes dos clubes Corinthians, Flamengo, Vasco e Bahia já toparam participar da ação.

“A questão que nós vamos fazer não é temporária, é permanente. Tem ações que vão ocorrer quando tem jogo, que são as ações mais midiáticas. Agora, as outras coisas vão acontecer dentro do time, como as oficinas. […] A partir de setembro, a equipe designada pelo time deve montar o plano estratégico de atuação”, disse Cida Gonçalves.

Esporte e violência contra a mulher

Não para a surpresa de muitos, mas dados mostram que em dias de jogos de futebol, a lesão corporal dolosa contra mulheres é 23,7% maior, se comparar os dias em que não há partidas.

Os dados podem supreender e foram revelados pela pesquisa do Fórum de Segurança Pública em parceria com o Instituto Avon, em 2022. 

Sobretudo, a pesquisa mostra que quando o jogo do time ocorre na própria cidade-sede, o crescimento de casos de lesão corporal estimado é de 25,9%.

Os canais gratuitos de atendimento telefônico vão ser distríbuidos, porque é necessário reforçar o atendimento na Articulação Nacional pelo Feminicídio Zero. 

São eles:

  • Central de Atendimento à Mulher (ligue 180) 
  • Disque Direitos Humanos (ligue 100) 
  • Polícia Militar (ligue 190), para ser acionado em caso de emergência.

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