O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela entregou ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), na segunda-feira (5), as atas das mais de 30 mil mesas de votação da eleição presidencial realizada em 28 de julho. O TSJ tem 15 dias para analisar os documentos, prazo que pode ser prorrogado.
Além das atas, o CNE encaminhou a ata de totalização dos votos da eleição, que declarou a vitória de Nicolás Maduro, e documentos que alegam um ataque cibernético às telecomunicações do país, supostamente interferindo no trabalho do Conselho.
Após receber as atas do CNE, o Tribunal de Justiça convocou os candidatos e representantes dos partidos para comparecer ao Tribunal na quarta-feira (7), quinta-feira (8) e sexta-feira (9), a fim de prestar esclarecimentos e apresentar os documentos eleitorais que possuem.
A presidente do TSJ, Caryslia Beatriz Rodríguez, alertou que a ausência resultará em sanções previstas pela lei.
Acirramento da oposição
Na última semana, Edmundo González, principal candidato da oposição, não compareceu a uma audiência, argumentando que a perícia do TSJ usurpa as funções do CNE. A perícia foi iniciada após um pedido de Nicolás Maduro, para investigar todo o processo eleitoral.
Também na segunda-feira (5), Edmundo González e María Corina Machado, líder da oposição, pediram que policiais e militares ajam contra o governo para garantir o respeito aos resultados da eleição de 28 de julho.
A oposição alega ter publicado 80% das atas na internet, comprovando a vitória de González, enquanto o governo da Venezuela acusa a oposição de falsificar mais de 9 mil dessas atas.
Diante da falta de divulgação oficial das atas pelo CNE, a disputa de versões sobre o resultado das eleições se intensificou.
Enquanto os Estados Unidos reconhecem a vitória de González, Brasil, México e Colômbia defendem a resolução do impasse por meio das instituições e a apresentação das atas pelas autoridades venezuelanas.
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* Com informações da Agência Brasil