O ex-ministro da Fazenda Antônio Delfim Netto, morreu na madrugada desta segunda-feira (12), aos 96 anos.
Netto também foi ministro da Agricultura em 1979 e do Planejamento entre 1979 e 1985.
Delfim Netto foi um dos mais longevos ministros da Fazenda do Brasil, tendo ocupado o cargo entre os anos de 1967 e 1974.
O ex-ministro faleceu em decorrência de complicações no quadro de saúde, pois estava internado desde a última segunda-feira (5) no Hospital Israelita Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo.
De acordo com a família, não haverá velório aberto e o enterro será restrito aos parentes.
Além disso, Delfim Netto deixa uma filha e um neto.
Além de ministro, Delfim Netto foi professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP).
Entre os anos de 1974 e 1978, ele foi embaixador do Brasil na França e deputado constituinte por São Paulo de 1987 a 1988.
Como deputado federal, o economista ficou no cargo entre 1988 e 2007.
Operação Lava Jato
Em junho de 2016, a Polícia Federal, pela delegada da Operação Lava Jato, intimou o ex-ministro a prestar esclarecimentos sobre por que recebeu, segundo seu sobrinho, 240 mil reais em dinheiro vivo.
O valor foi entregue pelo “departamento de propina” da maior empreiteira do país em 22 de outubro de 2014 no escritório do advogado e sobrinho do ex-ministro Luiz Appolonio Neto, na capital paulista.
O economista foi acusado por procuradores da República de receber propina durante a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
A operação da Lava Jato batizada de Operação Bona Fortuna, investigou pagamento de vantagens indevidas a políticos.
Nesse caso, o pagamento ocorria através do consórcio Norte Energia, responsável pelas obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
Além disso, Delfim afirmou que os milhões recebidos durante a construção da usina foram em consultoria para a criação do consórcio que venceu o leilão da usina.
A operação ocorreu em março de 2018.
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