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Maduro critica Lula e outros por questionar sua reeleição

Nicolas Maduro, presidente reeleito da Venezuela. - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nesta quarta-feira (28), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, criticou o governo brasileiro e outras nações durante um evento para marcar um mês de seu novo mandato.

Os comentários de Maduro foram direcionados a países que questionaram a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, que validou sua reeleição para mais um mandato.

Embora não tenha citado países específicos, Maduro afirmou que “os gringos não têm moral para se meter nos assuntos eleitorais nem políticos da Venezuela.”

Ele comparou a situação da Venezuela com o cenário enfrentado pelo Brasil em 2022, quando o então presidente Jair Bolsonaro não reconheceu os resultados eleitorais, e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva.

“Quem se meteu com o Brasil? Venezuela disse algo? Dissemos apenas que respeitamos as instituições brasileiras e eles resolveram seus problemas internamente, como deve ser” declarou Maduro.

O governo brasileiro ainda não reconheceu o resultado das eleições venezuelanas e exige a publicação das atas eleitorais, que até o momento não foram divulgadas.

O presidente Lula recentemente destacou a importância da transparência por parte do governo de Maduro.

Além de Maduro, o procurador-geral da Venezuela também criticou Lula e do presidente colombiano Gustavo Petro, ele os acusa de interferirem em questões internas da Venezuela.

O TSJ confirmou a vitória de Maduro com 51,95% dos votos contra 43,18% para Edmundo González, conforme divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). No entanto, a publicação das atas eleitorais foi proibida pelo TSJ.

A decisão do TSJ, considerada irreversível e sem possibilidade de apelação, determinou que todo o material eleitoral, incluindo as atas, permaneça sob controle do tribunal.

A oposição, liderada por González e María Corina Machado, e diversas organizações internacionais, rejeitam a decisão, alegando falta de independência das instituições venezuelanas.

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