Nesta quinta-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou que um novo acordo de reparação pelos danos causados pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco, em Mariana (MG), será assinado em outubro.
O desastre, que aconteceu em 2015, resultou na morte de 19 pessoas e causou graves impactos ambientais na Bacia do Rio Doce, afetando Minas Gerais e o Espírito Santo. A Samarco é controlada pela brasileira Vale e pela britânica BHP Billiton.
Durante uma entrevista à Rádio Vitoriosa, em Uberlândia, Lula destacou que o acordo vem após uma longa luta de quase uma década, marcada por várias tentativas frustradas e compromissos não cumpridos.
“Espero que a nova direção da Vale seja mais cuidadosa, pense mais no desenvolvimento da Vale, porque a atua direção só quer saber de vender ativos”, disse o presidente.
O rompimento da barragem, em 5 de novembro de 2015, liberou 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério, devastando comunidades e o meio ambiente ao longo do Rio Doce até a foz no Espírito Santo.
Em 2016, um Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC) foi assinado entre as partes envolvidas, criando a Fundação Renova para gerenciar os danos.
A nova negociação busca selar um acordo que possa solucionar os mais de 80 mil processos judiciais acumulados, dentre eles: questionamentos sobre a falta de autonomia da Fundação Renova, os atrasos na reconstrução das comunidades destruídas, valores indenizatórios e não reconhecimento de parcela dos atingidos, entre outros.
Recentemente, a União e o Espírito Santo rejeitaram uma proposta de R$ 90 bilhões apresentada pelas mineradoras, alegando que o valor era insuficiente.
As autoridades estão propondo uma compensação de R$ 109 bilhões, em linha com a gravidade da tragédia.
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*Com informações da Agência Brasil