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Febraban quer criar força-tarefa para avaliar o impacto das bets

Cerca de 600 bets serão banidas no Brasil.

Bets. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) quer propor ao governo a criação de uma força-tarefa para avaliar o impacto das bets, companhias de apostas virtuais, em relação às rendas das famílias brasileiras.

A formação do grupo consistiria em representantes do governo, do setor produtivo e também das instituições financeiras.

Nesta última quarta-feira (2), o presidente da Febraban, Isaac Sidney, se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad para discutir sobre o impacto do endividamento provocado pelas bets.

“Estamos cogitando propor ao governo a criação de uma força-tarefa multigovernamental, multissetorial para aprofundar os impactos da atividade das bets no Brasil. É importante que se tenha um diagnóstico preciso. Essa força-tarefa poderia, para além do Ministério da Fazenda, contemplar outros órgãos governamentais que cuidam da defesa do consumidor, da prevenção à lavagem de dinheiro e de benefícios sociais, como Bolsa Família”, afirmou o presidente da Febraban, Isaac Sidney, segundo a Agência Brasil.

Sidney revelou que nenhuma decisão foi tomada na reunião e a Febraban não tem como objetivo propor políticas públicas.

“Nossa preocupação é com as medidas de prevenção para o superendividamento, com a saúde financeira e com o bem-estar das famílias”, explicou Sidney.

Proibição para pagar bets com cartão de crédito

Nesta quarta-feira (2), a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) antecipou a proibição do uso de cartões de crédito para pagamentos em apostas virtuais.

A medida, que estava prevista para entrar em vigor em 1º de janeiro, foi implementada imediatamente pelas bandeiras de cartões.

Apesar disso, os cartões de crédito representam apenas uma pequena parcela das transações para plataformas de apostas. A maioria dos pagamentos, cerca de 99% segundo a Abecs, é realizada via Pix.

Na semana passada, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, estimou que o Pix responde por aproximadamente 85% a 90% dessas transações.

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