A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu o arquivamento da investigação contra os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM). A procurado-geral Paulo Gonet defendeu que não há proas suficientes contra os acusados.
Ambos foram indiciados pela Polícia Federal por suposta cobrança de propina para favorecer o antigo grupo Hypermarcas (atual Hypera Pharma), do ramo farmacêutico.
As acusações envolvem corrupção passiva, lavagem de dinheiro e também organização criminosa.
“A hipótese criminal é informada somente pelas declarações dos colaboradores, sem corroboração nos demais elementos informativos coligidos ao apuratório”, afirmou a PGR.
A procuradoria foi contrária ao indiciamento proposto pela Polícia Federal, descrevendo-o como um ato “absolutamente”, pois não respeitou a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF).
A defesa de Eduardo Braga afirmou que estava convicta de que o inquérito seria arquivado, pois , segundo o advogado Fabiano Silveira, “este deve ser o destino de todas as denúnicas vazias”.
O senador Eduardo Braga é o relator da regulamentação da reforma tributária no Senado, enquanto Renan é pai do atual ministro dos Transportes do governo Lula. Ambos os senadores têm mandato no Senado até o fim de 2026.
O caso já tramitava há 6 anos sob sigilo, segundo o portal Poder360. A investigação começou como um desdobramento da Lava Jato em 2018.