O candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio da Alvorada, em Brasília, na quinta-feira (11), em um encontro não previsto na agenda oficial do petista.
A visita marca um momento estratégico para a campanha de Boulos, que busca apoio para o segundo turno das eleições municipais.
Embora não tenha feito declarações à imprensa, após o encontro, Boulos conversou com Lula sobre táticas eleitorais e propostas que necessitam de parceria com o governo federal.
“Estou indo para Brasília agora me encontrar com o presidente Lula, também com o ministro Fernando Haddad para apresentar as propostas que nós vamos ter agora neste segundo turno, particularmente aquelas que precisam de parceria no governo federal”, afirmou Boulos ao deixar São Paulo pela manhã.
A presença de Lula na propaganda eleitoral de Boulos é esperada, já que o apoio do presidente pode ser decisivo em uma corrida que se mostra cada vez mais acirrada.
Na última pesquisa do Datafolha, Boulos aparece 22 pontos percentuais atrás do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que obteve 29,48% dos votos válidos no primeiro turno, enquanto Boulos ficou com 29,07%.
A corrida eleitoral se intensifica com o segundo turno marcado para o dia 27 de outubro. O Datafolha aponta Nunes com 55% e Boulos com 33% na intenção de votos, com uma margem de erro de três pontos percentuais.
Boulos já planeja gravações com Lula para seu programa de TV, que retorna na sexta-feira, reforçando a estratégia de visibilidade e mobilização do eleitorado.
“A partir de 1º de janeiro do ano que vem, assumindo a prefeitura de São Paulo, [vamos] tirar do papel nossos projetos. Vou, além disso, fazer gravações com o presidente para o nosso programa de TV, que retoma agora na sexta-feira”, disse Boulos em São Paulo.
A participação mais ativa de Lula nas campanhas municipais é uma demanda crescente, especialmente após uma atuação considerada abaixo das expectativas no primeiro turno.
Com a proximidade da votação, o apoio de Lula pode ser crucial para Boulos, que se comprometeu a tirar do papel seus projetos a partir de 1º de janeiro, caso seja eleito. A expectativa é que esse alinhamento fortaleça a campanha e mude a dinâmica da disputa na capital paulista.