A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou por maioria o recursos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que buscava encerrar a investigação sobre o vazamento de dados sigilosos da Polícia Federal (PF).
A PF concluiu em 2022 que o ex-presidente da República e outras duas pessoas envolvidas divulgaram uma investigação sigilosa sobre um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral, com objetivo de espalhar informações falsas sobre a segurança das urnas eletrônicas.
A defesa de Bolsonaro contestou a decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, de ordenar uma análise detalhada dos dados proveninentes de uma quebra de sigilo telemático do tenente-coronel Mauro Cid.
Segundo Moraes, a divulgação de dados da PF deveria servir para “expandir a narrativa fraudulenta contra o processo eleitoral brasileiro”. O ministro afirmou que a divulgação teve como objetivo tumultuar, dificultar, frustar ou impedir o processo eleitoral.
Os advogados de Bolsonaro afirmaram que a decisão de Moraes em relação a Cid foi tomada depois que a Procuradoria-Geral da República, sob a liderança de Augusto Aras na época, solicitou o arquivamento do caso. No entanto, o ministro relator destacou que a investigação ainda não havia sido concluída.
O julgamento do caso acaba na noite desta sexta-feira (18).