Funcionárias e ex-servidoras relataram supostas situações de assédio moral e racismo dentro do Ministério das Mulheres, especialmente contra mulheres negras, de acordo com o site Alma Preta. As acusações apontam para a ministra da pasta, Cida Gonçalves, e também para a secretária-executiva, Maria Helena Guarezi.

O veículo conversou com dezessete funcionárias e ex-funcionárias, que confirmaram situações de assédio moral.

Segundo os relatos escutados, a líder da Secretaria Nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política (Senatp), Carmen Foro, e sua equipe foram uns dos alvos de Cida Gonçalves.

Foi apontado que Carmen teria sido exonerada durante seu período de atestado médico por transtornos adquiridos após começar seu trabalho no Ministério das Mulheres.

As fontes escutadas afirmaram que a pasta é conhecida pelos corredores de “Ministério do Assédio”. Uma das ex-funcionários revelou que as atitudes de Cida e sua secretária-executiva reflete em um ambiente de trabalho tóxico, com clima de insegurança, competição exacerbada e também naturalização do assédio.

Além disso, um suposto caso de racismo foi relatado em que a secretária-executiva, Maria Helena Guarezi, disse à Carmen Foro para se sentar porque o cabelo dela estaria atrapalhando a visão do espaço. Foro tem o cabelo crespo. Cinco fontes ouvidas pelo Alma Preta confirmaram a declaração.

Apesar de informada, a ministra Cida Gonçalvez supostamente não tomou as devidas ações ou repreensão.

Funcionárias relataram que escutam comentários da cúpula do ministério como “de novo isso de racismo?” ou “já vem essa de mulher negra”, quando há questionamentos sobre polítcias para mulheres negras.

Trabalhadoras e ex-servidoras relataram burnouts, crises de pânico, ansiedadem enxaqueca e afastamento por problemas psiquiátricos desevolvidos quando compuseram ou ainda estão no Ministério das Mulheres.

*Com informações do site Alma Preta.