O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) afirmou que vai analisar o que considerou de “discrepância” entre as penas recebidas por Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz no caso que envolve a morte da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson.
Pelos assassinatos dos dois, Ronnie Lessa foi condenado a 78 anos, 9 meses e 30 dias. Já Élcio de Queiroz foi condenado a 59 anos, 8 meses e 10 dias.
“É uma questão técnica. Ainda não tivemos acesso à sentença. Vamos olhar com calma e vamos ver se é ou não o caso de recorrer. Percebemos essa diferença de 20 anos do Élcio para o Ronnie, e nos pareceu uma discrepância grande. Vamos ver isso com calma e, se for o caso, vamos recorrer”, afirmou o promotor Eduardo Martins.
O Ministério Público defendeu penas de 84 anos para cada um dos acusados durante o julgamento. O entendimento é que os homens deveriam ser responsabilizados igualmente pelos assassinatos, não havendo diferenças de penas entre Ronnie Lessa. responsável por atirar contra Marielle e Anderson, e Queiroz, que conduzia o veículo usado no crime.
A promotoria destacou que ambos vão cumprir os 30 anos de pena, que é o máximo previsto na legislação brasileira.
Ambos, provavelmente, terão direito a uma progressão diferenciada por conta do acordo de delação premiada, segundo informações da Agência Brasil.
Os condenados devem pagar uma pensão para o filho de Anderson, Arthur, até que ele complete 24 anos. Além disso, eles devem pagar juntos R$ 706 mil de indenização por dano moral para o filho e a esposa de Anderson, Luyara Santos (filha de Marielle), Mônica Benicio (viúva de Marielle) e Marinete Silva (mãe de Marielle).