Ícone do site Portal Norte

Ameaça a Lula é removida de perfil da polícia venezuelana

Polícia Nacional da Venezuela faz publicação com bandeira do Brasil. - Foto: Instagram/ Reprodução (@pnbvzla)

A Polícia Nacional Bolivariana, subordinada ao governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro, apagou recentemente uma imagem com tom ameaçador direcionada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A publicação trazia uma montagem com a silhueta do petista e uma mensagem agressiva que dizia ‘Quem se mete com a Venezuela se dá mal’, acompanhada de uma bandeira do Brasil ao fundo.

O episódio gerou constrangimento diplomático, intensificando o desgaste na relação entre Lula e Maduro.

A tensão entre os países aumentou ainda mais depois que a Venezuela não conseguiu ingresso no grupo BRICS, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, supostamente devido a um veto brasileiro – fator que teria irritado Maduro.

O venezuelano, irritado, fez declarações públicas reforçando a mensagem contra qualquer tentativa de “calar” seu país.

Apesar de tentativas do presidente brasileiro em manter um relacionamento cordial, a relação começou a esfriar quando o Brasil não reconheceu como válidas as últimas eleições na Venezuela.

O governo brasileiro, no entanto, mantém uma postura diplomática ao não classificar o regime de Maduro como ditadura, diferentemente de outras democracias que adotaram uma posição mais firme em relação à situação política venezuelana.

O que é a Polícia Nacional Bolivariana?

A Polícia Nacional Bolivariana (PNB) é a principal força policial da Venezuela, criada em 2009 para centralizar a segurança pública no país.

Subordinada ao Ministério do Interior, a PNB tem um papel abrangente, realizando desde patrulhamento ostensivo e investigações criminais até segurança penitenciária e controle de imigração, além de conter manifestações.

Alinhada ao governo de Nicolás Maduro, a PNB é frequentemente acusada de repressão política e violações de direitos humanos.

Em 2020, uma missão da ONU apontou a corporação por execuções sumárias e tortura contra opositores do regime, e a entidade também é alvo de investigações na Corte Internacional de Justiça por abusos cometidos contra civis.

Sair da versão mobile