O governo federal do Brasil classificou como “ofensivo” o tom adotado por autoridades venezuelanas nas últimas semanas, reafirmando seu compromisso de “respeitar plenamente” a soberania dos países vizinhos.
“A escolha por ataques pessoais e uma escalada retórica, em detrimento dos canais políticos e diplomáticos, não reflete a maneira como o governo brasileiro se relaciona com a Venezuela e seu povo. O interesse do governo brasileiro no processo eleitoral venezuelano, entre outros fatores, decorre da condição de testemunha dos Acordos de Barbados, para os quais fomos convidados, assim como para o acompanhamento das eleições de 28 de julho”, finalizou a nota oficial emitida pelo Ministério das Relações Exteriores nesta sexta-feira, 1º de novembro.
Como tudo aconteceu
Em julho, o presidente Nicolás Maduro foi reeleito pela segunda vez na Venezuela, mas o processo foi marcado por acusações de fraude por parte de entidades internacionais que monitoraram a votação, além de retaliações contra líderes da oposição local.
Apesar da histórica parceria entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Maduro, o governo brasileiro solicitou repetidamente a divulgação das atas eleitorais e evitou reconhecer a reeleição do presidente venezuelano.
Como resposta a essa postura, nas últimas semanas, o governo da Venezuela chamou de volta a Caracas o embaixador Manuel Vadell, enquanto convocou o encarregado de negócios da embaixada brasileira em Caracas, Bruno Herman, para conversas na chancelaria. A embaixadora brasileira, Glivânia de Oliveira, não está no país, e esse gesto diplomático é um indicativo de descontentamento profundo em relação às ações de outra nação.
Com informações de Isto É e Jovem Pan News