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Mauro Cid é convocado pela PF para prestar novo depoimento na terça (19); confira

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Cid tem colaborado com as investigações por meio de delação premiada - Foto: Reprodução/AFP.

A Polícia Federal (PF) convocou o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para prestar um novo depoimento na próxima terça-feira (19). O interrogatório acontecerá na sede da PF em Brasília, às 14 horas.

O advogado de Cid, Cezar Bittencourt, confirmou a informação e revelou que a entidade marcou a oitiva na última sexta-feira (15). O foco principal do depoimento será o questionamento sobre arquivos que haviam sido apagados, mas que, conforme o G1, foram posteriormente recuperados pela PF.

Os dados estavam armazenados em dispositivos eletrônicos utilizados por Cid, o que gerou a necessidade de um novo interrogatório para esclarecer pontos pendentes nas investigações.

O advogado de Cid afirmou que a intenção é “colmatar alguma lacuna que interessa à Polícia Federal”, destacando que a defesa tem colaborado com as apurações.

Ademais, em maio deste ano, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liberdade provisória a Mauro Cid.

O tenente-coronel teve a prisão decretada em março devido ao descumprimento das medidas cautelares e à possível prática do crime de obstrução à Justiça, após o vazamento de áudios na imprensa.

Delação premiada

Além disso, Cid tem colaborado com as investigações por meio de delação premiada. A reportagem do colunista Talento Aguirre, no UOL, revelou o conteúdo da colaboração.

No depoimento à PF, Cid relatou um episódio ocorrido logo após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022. Segundo o tenente-coronel, o ex-presidente recebeu uma minuta de decreto elaborada pelo assessor Filipe Martins, que sugeria a convocação de novas eleições e a prisão de seus opositores.

Bolsonaro levou o documento a militares de alta patente e, de acordo com Cid, o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, teria se mostrado favorável ao plano golpista durante as discussões em bastidores.

No entanto, Garnier não conseguiu obter o apoio do Alto Comando das Forças Armadas, o que impediu a execução do plano.

Por fim, a colaboração de Mauro Cid e as investigações em curso da PF continuam sendo acompanhadas com atenção.

*Com informações da UOL

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