Após a conclusão do inquérito da Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro está indiciado por supostamente fazer parte de crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpes de Estado e organização criminosa.
O plano de golpe resultava no assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin e do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Em postagem na rede social X, após o indiciamento, Bolsonaro fez recortes de uma reportagem cedida a coluna Paulo Cappelli, onde criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes:
“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei“, afirmou ele.
Ele também destacou na postagem um trecho sobre o indiciamento, afirmando que usam a “criatividade para me denunciar” e vai esperar o advogado.
“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, finalizou Bolsonaro.
A coluna destacou que o termo “criatividade” é uma alusão a mensagem de Airton Vieira, juiz instutor do gabinete do ministro do STF, ao Eduardo Tagliferro, que era chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Vieira teria escrito “Use a sua criatividade rsrsrs” para responder Tagliaferro sobre a dificuldade de formalizar uma denúncia contra a revista Oeste.
O relatório final das investigações realizadas pela Polícia Federal foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Além de Bolsonaro, foram indiciados também o o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.
*Com informações da Agência Brasil.