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Após ser indiciado, Bolsonaro critica Moraes: ‘Faz tudo o que não diz a lei’

Bolsonaro disse que não adianta se colocar contra a proposta de redução de jornada porque a maioria da população não vai entender - Foto: DOUGLAS MAGNO/AFP

Bolsonaro é indiciado pela PF nesta quinta-feira (21) - Foto: DOUGLAS MAGNO/AFP

Após a conclusão do inquérito da Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro está indiciado por supostamente fazer parte de crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpes de Estado e organização criminosa.

O plano de golpe resultava no assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin e do ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Em postagem na rede social X, após o indiciamento, Bolsonaro fez recortes de uma reportagem cedida a coluna Paulo Cappelli, onde criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes:

O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei“, afirmou ele.

Ele também destacou na postagem um trecho sobre o indiciamento, afirmando que usam a “criatividade para me denunciar” e vai esperar o advogado.

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, finalizou Bolsonaro.

A coluna destacou que o termo “criatividade” é uma alusão a mensagem de Airton Vieira, juiz instutor do gabinete do ministro do STF, ao Eduardo Tagliferro, que era chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Vieira teria escrito “Use a sua criatividade rsrsrs” para responder Tagliaferro sobre a dificuldade de formalizar uma denúncia contra a revista Oeste.

O relatório final das investigações realizadas pela Polícia Federal foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Além de Bolsonaro, foram indiciados também o o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

*Com informações da Agência Brasil.

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