A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O inquérito será enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) nos próximos dias, mas o julgamento, caso a denúncia seja apresentada, deve acontecer apenas em 2025, já que o Supremo Tribunal Federal (STF) entra em recesso no dia 19 de dezembro, com retorno em 1º de fevereiro.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, recebeu o inquérito e encaminhará o documento ao procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Gonet terá até 15 dias para decidir se apresenta denúncia contra Bolsonaro e os outros indiciados. Durante o mesmo período, as defesas também poderão se manifestar.

Mauro Cid reforça delação premiada

Nesta quarta-feira (22), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, prestou novo depoimento ao STF para esclarecer omissões apontadas pela PF.

Após ouvir Cid, Alexandre de Moraes manteve os benefícios do acordo de delação premiada firmado pelo militar, que colabora nas investigações de crimes ligados ao governo Bolsonaro.

Cid negou envolvimento em um suposto plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Moraes.

Contudo, as investigações da Operação Contragolpe apontaram que ele participou de uma reunião em novembro de 2022, na casa do general Braga Netto, em Brasília, onde a trama foi discutida.

*Com informações da Agência Brasil