A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos para liberar a influenciadora e advogada Deolane Bezerra de comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito, conhecida como CPI das Apostas.

No recurso ao Supremo, a CPI argumentou que Deolane foi convocada como testemunha e, por isso, deveria prestar depoimento.

Isso porque ela teria que se comprometer a falar a verdade sobre outros investigados, mesmo tendo o direito de não se incriminar.

Relator, o ministro André Mendonça afirmou que, se a intenção da CPI fosse efetivamente ouvir Deolane como testemunha, a justificativa seria outra, e não os supostos fatos criminosos atribuídos a ela em procedimento investigatório.

O ministro foi acompanhado por Edson Fachin e Dias Toffoli. O ministro Gilmar Mendes divergiu. Como a turma é formada por cinco ministros, os três votos formaram maioria.

O caso é analisado em plenário virtual e termina nesta sexta-feira (13).

Deolane, que chegou a ser presa, é investigada na Operação Integration, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais.

CPI das apostas X CPI das bets

O Senado Federal conta com duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) que investigam o cenário dos programas de apostas no Brasil.

A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, também conhecida como “CPI das Apostas”, tem o objetivo de investigar atos relacionados às denúncias e suspeitas de manipulação de resultados no futebol brasileiro, envolvendo jogadores, dirigentes e empresas de apostas.

Já a CPI das apostas, conhecida como CPI das bets, foi criada para investigar os jogos de apostas online no Brasil.

CPI das Bets foi oficialmente instalada no Senado no dia 12 de novembro.

Desde então, a CPI começou a convocar os primeiros nomes para depor. Entre os envolvidos nas investigações sobre os sites de apostas, estão famosos e influenciadores.