O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, iniciou sua manhã nesta segunda-feira (16) em São Paulo, onde se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tratar de assuntos importantes, como a reforma tributária e medidas de corte de gastos.
O ministro ressaltou que o presidente fez um apelo para que as propostas fiscais não sejam “desidratadas”, ou seja, que não percam eficácia no Congresso.
Haddad também explicou que, apesar de alguns contratempos, como o impacto das medidas de desoneração de impostos e do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), o governo continua empenhado em alcançar as metas fiscais estabelecidas para os próximos anos.
“Temos um conjunto de medidas que garante a robustez do arcabouço fiscal e para garantir que vamos continuar cumprindo com as metas fiscais nos próximos anos”, acrescentou.
Reforma tributária
A reforma tributária é outro ponto de atenção para o governo, especialmente após alterações feitas no Senado.
Haddad revelou que o presidente se mostrou preocupado com mudanças no texto da reforma, como a inclusão de impostos sobre armas e bebidas açucaradas.
Essas alterações, que visam desestimular o consumo de produtos prejudiciais à saúde, foram mantidas pela Câmara, mas o Senado as derrubou.
O governo agora espera que a reforma seja sancionada ainda este ano, com possíveis ajustes entre os dois lados.
Última semana para votações
A semana é crucial para o governo, que espera que o Congresso vote e aprove a reforma tributária, o Orçamento de 2025 e um pacote de medidas de corte de gastos que devem gerar uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos.
A expectativa é que essas pautas sejam analisadas e aprovadas antes do recesso parlamentar, previsto para começar em 23 de dezembro.
Lula de alta em São Paulo
Além disso, o presidente Lula, após receber alta hospitalar no domingo (15), segue com um quadro estável e no acompanhamento médico.
Ele permanece em São Paulo para continuar o tratamento e aguarda autorização para retornar a Brasília.