Uma megaoperação da Polícia Federal (PF) desmontou uma quadrilha formada por empresários e servidores públicos que atuavam em todo país, incluindo estados da região Norte.
Pelo menos 12 estados estão envolvidos no esquema de fraude, que alcançou o total de R$ 824,5 milhões.
Eles usavam emendas parlamentares para fraudar licitações e superfaturar obras públicas.
O empresário Marcos Moura, conhecido como o “Rei do Lixo” é um dos integrantes da quadrilha.
Estados
Segundo informações da CNN, os estados do Pará (R$ 34 milhões), Amazonas (R$ 34 milhões), Tocantins (R$ 9,5 milhões) e Amapá (R$ 6,9 milhões) aparecem na lista.
O estado de São Paulo está no topo da lista com um valor de R$ 245 milhões, seguido pelo estado do Rio de Janeiro, com R$ 89,6 milhões.
Todas as localidades têm relação direta ou indireta com o partido União Brasil. O “Rei do Lixo” integra o diretório nacional do partido, tendo sido indicado para o posto pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto.
Organização criminosa
A organização criminosa suspeita de atuar em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro, direcionava recursos públicos de emendas parlamentares e convênios.
O esquema era feito por meio de superfaturamento em obras e desvio de recursos, para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais.
Foram cumpridos 17 mandados de prisão preventiva, 43 mandados de busca e apreensão, além de ordens de sequestro de bens, nos estados da Bahia, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
Durante o período investigado, a organização criminosa é suspeita de ter movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão, incluindo R$ 825 milhões em contratos firmados com órgãos públicos apenas em 2024.
Foi determinado o sequestro de R$ 162.379.373,30, referentes ao valor obtido pela organização criminosa por meio dos crimes investigados, aeronaves, imóveis de alto padrão, barcos e veículos de luxo.
Também foi ordenado o afastamento de oito servidores públicos de suas funções.
Os crimes apurados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos e lavagem de dinheiro.
*Com informações da CNN