O Ministério do Planejamento e Orçamento afirmou que o Brasil pagou R$ 1,9 bilhão a órgãos internacionais em 2024. O valor foi para a quitação de contribuições financeiras a organismos internacionais e também para pagamentos de integralizações e recomposições de cotas junto a bancos e fundos internacionais.

O governo destacou as contribuições à Organização das Nações Unidas (ONU) em que o Brasil conseguiu quitar compromissos do orçamento do órgão, como missões de paz e o IRMCT (Mecanismo Residual Internacional para Tribunais Penais). Além disso, também foram quitadas obrigações financeiras com agências especializadas das Nações Unidas.

No meio ambiente, foram saldadas contribuições à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e aos protocolos de Quioto, Montreal, Cartagena e Nagoia, além de convenções de Estocolmo, Basileia Minamata e Roterdã, segundo o ministério. 

O Brasil também pagou muitas contribuições que envolvem o MERCOSUL, reforçando sua integração com o bloco econômico, e reforçou compromissos com organizações que envolvem os estados americanos e o Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), entre outros.

“Graças aos esforços realizados em 2023 para saldar dívidas referentes a anos anteriores, foi possível reduzir o valor total dos pagamentos a organismos internacionais em 2024, com a destinação quase integral dos recursos à quitação de contribuições relativas ao corrente ano. Além disso, a gestão orçamentária e financeira criteriosa, com monitoramento contínuo da taxa de câmbio e a adoção de uma estratégia de pagamentos periódicos, permitiu a quitação as contribuições de alto valor em momentos de câmbio mais favorável, reduzindo as despesas e mantendo os aportes mensais em um patamar sustentável ao longo do ano.”, afirmou o ministério. 

No ano passado, o valor pago pelo Brasil foi de R$ 4 bilhões aos organismos internacionais. Dessa quantia, cerca de R$ 2,4 bilhões foram passivos de governo anteriores e R$ 1,6 bilhão destinados ao exercício de 2023.