O Supremo Tribunal Federal (STF) arquivou a queixa-crime apresentada pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro contra a deputada federal Érika Hilton (PSOL).

Michelle acusou a parlamentar de injúria e difamação por causa de comentários feitos nas redes sociais, mas os ministros decidiram encerrar o caso com base na imunidade parlamentar, que protege integrantes do Congresso Nacional.

O caso começou em março, quando Michelle recebeu o título de cidadã honorária de cidade de São Paulo em uma cerimônia no Theatro Municipal de São Paulo.

Na época, Érika Hilton criticou a homenagem em uma publicação no X (antigo Twitter). A deputada escreveu: “Não dá nem pra homenagear Michelle Bolsonaro por nunca ter sumido com o cachorro de outra família porque literalmente até isso ela fez.”

O comentário fazia referência a um episódio de 2020, no qual Michelle foi acusada de adotar um cachorro que já tinha dono.

https://twitter.com/ErikakHilton/status/1767905705472704854

Michelle pediu R$ 15 mil em indenização e apresentou a queixa-crime, mas o ministro Luiz Fux rejeitou o pedido inicial.

Ele destacou que a imunidade parlamentar garante a liberdade de manifestação de deputados e senadores.

Em seguida, a Primeira Turma do STF negou o recurso de Michelle e confirmou o arquivamento do processo.

A decisão reafirma que a imunidade parlamentar protege a liberdade de expressão de parlamentares, mesmo em declarações polêmicas ou críticas durante o exercício de seus mandatos.