A Meta, empresa dona do WhatsApp, Instagram e Facebook, informou que removeu do ar o vídeo adulterado com uso de inteligência artificial (IA) em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, faz declarações inexistentes sobre impostos.

A Advocacia Geral da União (AGU) enviou uma notificação extrajudicial à empresa na última quinta-feira (9). No documento,a AGU argumentou que a postagem foi manipulada e contém informações fraudulentas em relação à criação de um “imposto incidente sobre animais de estimação e pré-natal”.

O órgão determinou um prazo de 24 horas para que a empresa realizasse a remoção do conteúdo de um link informado no pedido.

“A empresa Meta manifestou-se oficialmente por e-mail informando que fez a remoção da postagem indicada na notificação extrajudicial enviada pela AGU”, afirmou a instituição.

Governo determina prazo para Meta esclarecer fim da checagem de fatos

Além da remoção do vídeo falso de Haddad, a AGU determinou para a empresa Meta outro prazo de 72 anos envolvendo o anúncio recente do CEO, Mark Zuckerberg, sobre o fim da checagem de fatos.

A empresa deve esclarecer dúvidas do governo brasileiro sobre a mudança nas políticas de moderação de conteúdos.

“Nós apresentaremos uma notificação judicial, e a empresa terá 72 horas para informar o governo brasileiro qual é, de fato, a política da Meta para o Brasil”, informou o advogado-geral da União, Jorge Messias, em Brasília.

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo vê a mudança da Meta com grande preocupação. 

“Isso impacta de forma muito grande a sociedade brasileira. Impacta nas crianças, quando se fala de conteúdo impróprio e de tráfico de crianças. Impacta na segurança pública, quando se trata de informações que dizem respeito à segurança das pessoas, à prática criminosa”, afirmou o ministro.

*Com informações da Agência Brasil.