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Sidônio assume a Secom com a missão de tornar a comunicação do governo ‘guardiã da democracia’

Sidônio assume a Secom com a missão de tornar a comunicação "guardiã da democracia"

Sidônio assume a Secom com a missão de tornar a comunicação "guardiã da democracia". Foto - Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O publicitário Sidônio Palmeira assumiu, nesta terça-feira (15), a posse da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).

A cerimônia ocorreu no Palácio do Planalto e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de grande parte dos ministros do governo.

O novo ministro assume, a partir desta semana, o “enorme desafio” de melhorar a comunicação política do governo e recuperar a popularidade de Lula até as eleições de 2026.

No primeiro discurso como chefe da pasta responsável pela formulação e implementação da política de comunicação, Sidônio falou sobre desinformação e liberdade de expressão.

“O que me traz aqui é a força que me fez contribuir nas eleições de 2022, a mais importante da história do país, e a força de estar do lado certo da história”, afirmou Palmeira.

Desinformação

No discurso, o ministro criticou os efeitos da desinformação na percepção das pessoas sobre as ações do governo.

“A informação dos serviços não chega na ponta. A população não consegue ver o governo nas suas virtudes. A mentira nos ambientes digitais fomentada pela extrema direita cria uma cortina de fumaça na vida real, manipula pessoas inocentes e ameaça a humanidade”, argumentou Sidônio.

Ele ainda defendeu a liberdade de expressão e lamentou que o extremismo “esteja desvirtuando esse conceito para viabilizar a liberdade de manipulação e agressão”.

Ao pontuar que a comunicação é guardiã da democracia, Sidônio Palmeira ressaltou que a nova gestão vai incentivar processos regulatórios, além de garantir que a população tenha acesso à informação.

“Vejo que o papel da comunicação deve se concentrar em ser a enzima que liga a política à gestão, tornando a política mais integrada com a gestão mais eficiente”, completou.

Meta

Palmeira comentou sobre as medidas anunciadas recentemente pela Meta de encerrar o programa de checagem de fatos dos conteúdos das plataformas.

“Encaro a missão da comunicação como guardiã da democracia, sobretudo no combate à desinformação. Medidas como as anunciadas recentemente pela Meta são ruins porque afrontam os direitos fundamentais e a soberania nacional, promovendo um faroeste digital”, criticou Palmeira.

A Meta informou, nesta terça-feira (14), à Advocacia-Geral da União (AGU) que as mudanças na moderação de conteúdos da empresa são justificadas pela “liberdade de expressão”.

No entanto, as mudanças ainda não serão aplicadas no Brasil, primeiro será feito um teste nos Estados Unidos.

Quem é Sidônio?

Sidônio assumiu o lugar de Paulo Pimenta, que deixou o comando da pasta por decisão do presidente Lula.

Responsável pelo marketing da campanha vitoriosa do petista em 2022, Sidônio tem atuado como um conselheiro do presidente desde o início do seu 3º mandato, em 2023.

O escolhido para ser o novo secretário atua há décadas em campanhas políticas, como a campanha que elegeu Lula em 2022 e a de Fernando Haddad na corrida presidencial de 2018.

Ele também participou da elaboração da estratégia de divulgação do pacote de corte de gastos, em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou as novas medidas em um pronunciamento veiculado em rede nacional.

Em dezembro, ele produziu e participou da gravação de um vídeo em que Lula aparece ao lado do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

Na semana passada, Sidônio ainda coordenou a reação a um vídeo falso com imagens modificadas por inteligência artificial do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendendo a cobrança de novos impostos.

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