Incêndios criminosos devastaram uma área equivalente a 70 mil campos de futebol no Parque Estadual de Guajará-Mirim, em Rondônia. O Ministério Público afirma que os responsáveis agem de forma coordenada, colocando em risco o meio ambiente e a vida das pessoas.
Brigadistas enfrentam dificuldades adicionais, como armadilhas criadas pelos invasores para impedir o combate às chamas.
Operação Kaixé
Em resposta à situação, a Polícia Federal, com o apoio de diversos órgãos, lançou na terça-feira (3) a Operação Kaixé. A ação tem o objetivo de reprimir incêndios criminosos em Guajará-Mirim e Nova Mamoré, áreas do Corredor Ecológico Binacional Guaporé/Itenez-Mamoré.
As principais áreas de atuação da operação incluem o Parque Estadual de Guajará-Mirim, a Reserva Extrativista Rio Ouro Preto e a Terra Indígena Igarapé Lage.
Essas regiões enfrentam um histórico de ocupações ilegais e queimadas clandestinas, que geram grandes quantidades de gases tóxicos, deteriorando a qualidade do ar em Rondônia.
O impacto desses incêndios foi tão grave que, no último mês, mais de 40 voos foram cancelados no aeroporto de Porto Velho devido à fumaça densa.
Crimes
Os crimes investigados incluem incêndios em florestas, perigo à integridade física das pessoas, poluição atmosférica com danos à saúde e associação criminosa.
Além disso, os envolvidos podem ser acusados de prejudicar a navegação aérea. As penas para esses crimes podem chegar a 25 anos de prisão, dependendo da gravidade das consequências.
A operação visa identificar e prender os responsáveis, assegurando que enfrentem a justiça e sejam punidos por seus atos.
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